Descubra a incrível história por trás dos planos bizarros da CIA para assassinar Fidel Castro. De charutos que explodem a canetas envenenadas, explore a guerra secreta que mais pareceu um roteiro de filme de espionagem. Este artigo mergulha nas táticas absurdas e nas novas revelações que mostram até onde uma agência pode ir.
Até que ponto uma agência de inteligência pode ir para eliminar um inimigo? A pergunta parece tirada de um roteiro de espionagem, mas a história real da CIA e de sua obsessão por Fidel Castro é ainda mais fantástica. Recentemente, a revelação de documentos sobre o assassinato de John F. Kennedy reacendeu as chamas do debate e lançou uma nova luz sobre essa saga sombria e quase teatral. É uma história que mistura geopolítica com táticas que mais parecem saídas de um desenho animado, revelando uma verdade que é, sem dúvida, mais estranha e letal que qualquer ficção que você já tenha assistido.
Nas últimas semanas, o cenário da inteligência histórica foi abalado com a divulgação de documentos que detalham a manipulação da CIA para associar Lee Harvey Oswald a Fidel Castro, meses antes do assassinato de JFK. A agência, por meio do agente George Joannides, orquestrou confrontos públicos entre Oswald e grupos de exilados cubanos, construindo uma imagem de simpatizante fervoroso do líder cubano. Essa revelação não é apenas sobre um plano de assassinato; ela expõe o nível de manipulação e as profundas operações psicológicas que a agência estava disposta a realizar. É um contexto que torna as tentativas diretas e absurdas de assassinato ainda mais assustadoras e críveis, mostrando o quão obcecada a agência estava por seu alvo.
Enquanto o nome de Fidel volta às notícias em meio a comemorações por seu 99º aniversário de nascimento, esses novos arquivos nos obrigam a olhar para trás, para uma das campanhas de assassinato mais persistentes e bizarras da história moderna. O que se desenrola é uma saga de espionagem que beira o cômico, com planos que poderiam facilmente ser confundidos com uma trama de James Bond, se não fossem tão perigosos. A guerra da CIA contra Castro não foi uma operação de sutileza geopolítica; foi um mergulho total no absurdo, e a história mostra que a realidade, muitas vezes, supera qualquer roteiro de cinema.

O Roteiro de uma Obsessão: A Máfia e as Táticas Improváveis
A guerra da CIA contra Castro não foi um confronto convencional; foi um verdadeiro show de horrores e comédia. Documentos desclassificados ao longo dos anos, especialmente os do “Comitê Church” do Senado dos EUA em 1975, confirmaram pelo menos oito tentativas de assassinato, mas o número pode ser muito maior. Fabián Escalante, ex-chefe da contrainteligência cubana, catalogou impressionantes 638 tentativas. E as táticas? Elas eram uma mistura de intrigas de espionagem com um toque surreal, como se um roteirista de desenhos animados estivesse por trás das operações mais importantes do mundo.
- O Charuto Explosivo: O plano era tão direto quanto cômico. Um charuto, potente o suficiente para “fazer a cabeça dele voar pelos ares”, seria entregue ao líder cubano. A Divisão de Serviços Técnicos da CIA produziu o artefato, mas ele, felizmente, nunca chegou às mãos do alvo.
- A Caneta Envenenada: Uma das ideias mais engenhosas (e macabras) da agência. Eles desenvolveram uma caneta com uma agulha hipodérmica tão fina que um simples esbarrão seria suficiente para injetar um veneno letal em Castro sem que ele percebesse. Ironicamente, a caneta foi oferecida a um agente cubano no mesmo dia em que o presidente Kennedy foi assassinado em Dallas.
- A Conspiração Subaquática: Sabendo do gosto de Castro pelo mergulho, a agência preparou uma roupa de mergulho contaminada com um fungo que causaria uma doença de pele debilitante. Outro plano, ainda mais cinematográfico, envolvia criar um molusco falso, enchê-lo de explosivos e plantá-lo em um local que atraísse a curiosidade do líder durante um de seus mergulhos.
- A Aliança com a Máfia: Para executar algumas dessas missões, a CIA não hesitou em cruzar a linha da legalidade, recorrendo a figuras do crime organizado. Mafiosos como Johnny Roselli, Salvatore Giancana e Santo Trafficante foram contatados para envenenar a comida de Castro, numa aliança profana e bizarra entre o governo e o submundo.
A saga de tentativas de assassinato teve um efeito totalmente oposto ao desejado pela agência. Cada plano fracassado não enfraquecia Fidel Castro; na verdade, fortalecia sua lenda. Ele se tornou o homem que a nação mais poderosa do mundo não conseguia matar. Essa imagem de “sobrevivente” foi uma ferramenta de propaganda inestimável, solidificando seu poder internamente e projetando uma imagem de invencibilidade no cenário global. Para a CIA, o resultado foi um desastre de credibilidade, expondo uma agência que operava sem supervisão, mergulhada em atividades ilegais que mais pareciam saídas de um romance de espionagem de baixa qualidade do que de uma estratégia de segurança nacional.

O Legado de um Fracasso Monumental
As revelações do Comitê Church expuseram uma agência operando sem supervisão, mergulhada em atividades ilegais que mais pareciam saídas de um romance de espionagem de baixa qualidade do que de uma estratégia de segurança nacional. O episódio forçou a criação de comitês de supervisão permanentes e uma proibição executiva de assassinatos sancionados pelos EUA, um marco importante na história da inteligência americana. A saga dos complôs contra Fidel Castro não é apenas uma curiosidade da Guerra Fria; é um estudo de caso sobre os perigos do poder sem controle. Ela nos obriga a questionar a natureza das agências de inteligência e os limites éticos de suas operações em nome da segurança nacional. Onde termina a “ação secreta” e começa o terrorismo de Estado?
No fim, Fidel Castro não morreu por uma bala, uma explosão ou um veneno da CIA. Morreu de causas naturais em 2016, aos 90 anos, ironicamente, em sua própria cama. Sua maior vitória contra a agência de inteligência mais poderosa do planeta foi simplesmente continuar vivo. Ele transformou a obsessão da CIA em uma nota de rodapé de sua própria biografia, deixando para a história um lembrete provocador: às vezes, a realidade é o roteiro mais inacreditável de todos, e o maior truque é apenas sobreviver. E você, o que pensa sobre o assunto? Acredita que as agências de inteligência ainda utilizam táticas tão bizarras em pleno século XXI?
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