descubrae-O Mistério de Aksum e a Rainha de Sabá

O Império Esquecido: O Mistério de Aksum e a Rainha de Sabá

Olá, curiosos de plantão! Preparados para uma viagem no tempo que vai abalar suas certezas sobre a história da África? Hoje vamos mergulhar nos segredos de um dos impérios mais poderosos e menos falados da antiguidade: o Império de Aksum!

Quando pensamos em grandes civilizações antigas, logo vêm à mente Roma, Egito, Grécia… Mas e se eu te dissesse que no coração do Chifre da África, onde hoje ficam a Etiópia e a Eritreia, existiu um reino tão grandioso quanto eles, com uma cultura rica, exércitos poderosos e uma conexão surpreendente com uma das figuras mais enigmáticas da história bíblica? Prepare-se para descobrir Aksum!

Uma Superpotência Antiga que Você Nunca Ouviu Falar

Aksum floresceu entre os séculos I e VII d.C., tornando-se um gigante do comércio e da política. Localizado estrategicamente, o império controlava rotas comerciais vitais que ligavam o Mediterrâneo ao Oriente, passando pelo Mar Vermelho e pelo Oceano Índico. Imagine: marfim, ouro, especiarias e até escravos passavam por suas mãos, tornando os reis de Aksum incrivelmente ricos e influentes.

Mas Aksum não era só riqueza material. Eles tinham sua própria escrita, a Ge’ez, uma arquitetura monumental com estelas gigantescas que parecem arranha-céus antigos (as maiores chegam a ter mais de 30 metros de altura!), e cunhavam suas próprias moedas de ouro, prata e bronze – um sinal claro de uma economia robusta e sofisticada. Inclusive, foram os primeiros a usar o cristianismo como religião oficial do Estado, bem antes de muitos reinos europeus!

O Obelisco de Axum ( por Tesfawel – 2018)

A Lenda que Conectou Mundos: A Rainha de Sabá e o Rei Salomão

E agora, segurem-se! A história de Aksum está intrinsecamente ligada a uma das lendas mais fascinantes da humanidade: a Rainha de Sabá e sua visita ao Rei Salomão em Jerusalém. De acordo com a tradição etíope, a Rainha de Sabá, conhecida lá como Rainha Makeda, era a soberana de Aksum.

A Bíblia (1 Reis 10:1-13) narra a visita da Rainha de Sabá a Salomão, atraída por sua sabedoria e riqueza. Ela o testou com enigmas e presenteou-o com ouro, especiarias e pedras preciosas. A lenda etíope, contada no épico “Kebra Nagast” (A Glória dos Reis), vai além: ela afirma que Makeda e Salomão tiveram um filho, Menelik I, que se tornou o primeiro imperador da Etiópia e o progenitor da dinastia salomônica.

Mais impressionante ainda, o “Kebra Nagast” afirma que Menelik I, ao retornar para Aksum, trouxe consigo a Arca da Aliança, o objeto mais sagrado do judaísmo, contendo as tábuas dos Dez Mandamentos. A tradição etíope sustenta que a Arca ainda está guardada em uma capela em Aksum, na Igreja de Santa Maria de Sião, protegida por um guardião. Claro, essa é uma crença fervorosa e um mistério que ainda não foi desvendado por olhos externos, mas que adiciona um tempero incrível à história de Aksum!

O Declínio Misterioso

Assim como ascendeu, o Império de Aksum também declinou. Por volta do século VII d.C., as rotas comerciais mudaram, o clima se alterou e, talvez, conflitos internos enfraqueceram o império. Suas grandes cidades foram gradualmente abandonadas, e Aksum, de uma superpotência global, se transformou em uma lembrança gloriosa, quase esquecida pelo mundo ocidental.

Ruínas de Dungur em Axum, Região de Tigré, Etiópia.
Ruínas de Dungur em Axum, Região de Tigré, Etiópia (Wikipedia | By A.Savin)

Aksum Hoje: Um Patrimônio da Humanidade

Hoje, Aksum é um Patrimônio Mundial da UNESCO, um testemunho silencioso de uma era de ouro. Suas estelas monumentais, tumbas reais e ruínas de palácios continuam a nos fascinar e a nos fazer perguntar: quantos outros impérios incríveis a história ainda guarda para nós descobrirmos?

A história de Aksum nos lembra que a grandeza pode surgir nos lugares mais inesperados e que as lendas, por mais fantásticas que pareçam, muitas vezes têm raízes profundas na realidade. Então, da próxima vez que você pensar em impérios antigos, lembre-se de Aksum, o reino esquecido que pode ter guardado a Arca da Aliança!

Fontes: UNESCO, National Geographic

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