Angola está em um processo de transformação notável, focada em criar um ambiente de negócios mais dinâmico e produtivo. Em um recente evento em Lisboa, o Doing Business Angola, organizado pelo JE e Forbes África Lusófona, Arlindo das Chagas Rangel, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX), detalhou os avanços do país e suas prioridades estratégicas.
A AIPEX como Facilitadora: Adeus, Burocracia!
Um dos pilares da estratégia angolana é a desburocratização. Rangel enfatizou que o governo tem feito um “esforço muito grande” para simplificar processos, e a AIPEX assume um papel crucial como facilitadora para investidores. “Nós continuamos a fazer o nosso esforço e o nosso caminho, mas estamos aqui para responder aos nossos desafios nos problemas com burocracia”, afirmou.
Essa iniciativa é visível em programas como o “Simplifica”, que já está reduzindo a complexidade na legalização de empresas e, mais recentemente, no setor hoteleiro e turístico. A meta é clara: tornar Angola um destino de investimento mais ágil e acessível.

Prioridades Estratégicas: Segurança Alimentar e Industrialização
Durante a conferência, o PCA da AIPEX ressaltou duas prioridades máximas para o governo angolano: segurança alimentar e industrialização. A segurança alimentar, segundo Rangel, é uma área multifacetada que engloba saúde, tecnologia, energias renováveis e logística, demonstrando a interconexão de diversos setores para alcançar esse objetivo vital.
Angola possui “condições únicas” e um “potencial grande” para o desenvolvimento, com investimentos em energias limpas já em curso, embora a área de distribuição ainda necessite de mais aportes.
A industrialização, por sua vez, já não é apenas uma aspiração, mas uma “realidade”. Rangel destacou a diminuição das importações angolanas, um reflexo direto do aumento da produção interna. Muitas empresas que antes dependiam da importação agora se transformaram em produtoras, um sinal claro do avanço econômico do país.
Mão de Obra Jovem e Potencial de Crescimento
Um fator altamente atrativo para investidores é a jovem força de trabalho de Angola: cerca de 75% da mão de obra do país tem menos de 25 anos. Esse capital humano representa um potencial enorme para o desenvolvimento e a inovação, oferecendo uma base sólida para o crescimento das empresas que decidirem investir.
Angola de Braços Abertos para Investidores
Para finalizar sua participação no Doing Business Angola 2025, que marcou sua terceira edição em Lisboa, Arlindo das Chagas Rangel reiterou o convite aos investidores, especialmente os portugueses. “O país continua disponível e de braços abertos para receber investidores portugueses, quando tiverem dúvidas nós estamos disponíveis para responder”, assegurou.
Com um compromisso firme com a desburocratização, foco na segurança alimentar e um avanço notável na industrialização, Angola se posiciona como um destino promissor para o investimento e o desenvolvimento.
Fonte: Forbes Africa Lusofona